16/04/2024
Ano 27
Semana 1.363

 


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Placa Aterosclerótica

 


No processo de trombose da artéria, quer seja no coração, no cérebro, nas pernas, no olho, ou qualquer outro local, o inÍcio se dá por uma alteração do endotélio, que é a camada interna da artéria e segue com um depósito de gorduras até a formação de uma placa, que também é chamada de ateroma. O prof. Valentin Fuster (E. Unidos) fez uma palestra, no Congresso Mundial de Cardiologia, realizado no Rio de Janeiro, de 26/04 a 30/04/98, informando que, ao contrário do que se admitia, anteriormente, essa placa é vulnerável e sofre ulcerações e rupturas porque é muito "mole" pela alta quantidade de gordura depositada, que, por sua vez, libertam outros trombos que vão ajudar a entupir outras artérias menores. O que o Dr. Fuster verificou é que ao contrário do que poder-se-ia imaginar são as placas récem-formadas, as menores, que são mais vulneráveis. Esse fenômeno de ruptura é ativo e é uma reação do organismo contra a formação dessas placas, realizado pelos macrófagos, como se fosse um corpo estranho, portanto, uma proteína. É que a placa também é rica em tecido extracelular da matrix e celular do tecido muscular liso.

Quando essa ruptura ocorre na artéria coronária, fatores trombogênicos locais e sistêmicos podem agir, influindo no grau e tempo no qual o trombo poderá se fixar. Isso significa que o organismo, como um todo, luta contra a trombose, o que inclui um novo fator tecidual (TF) que tem uma interação com os macrofagos e os monócitos circulantes, no sangue, além dos fatores anti-coagulantes (anti-trombogênicos) É, pois, uma reação mediada por células e enzimas.

Essa luta contra esta reação é a novidade trazida no Congresso e atualmente, sobre o fato de se tentar ajudar o organismo com novos estímulos. O prof. Fuster também descobriu que as pessoas que já tomam medicamentos para reduzir o colesterol, diminuem o LDL-colesterol, e isso faz com que as placas formadas sejam mais moles, pois há maior aporte de colesterol líquido ou esterificado, hidrolizando os cristais de colesterol. A placa fica mais mole e a reação da defesa contra a placa desenvolvida pelo organismo, antes descrita, também é menor.


Fonte: Revista de Atualização Médica


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