16/04/2020
Ano 23 - Número 1.169



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MILTON XIMENES

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Milton Ximenes Lima



Momentos ... TRAVESSIAS

Milton Ximenes Lima - Colunista, CooJornal

Televisão, hoje, da manhã à noite, é fonte de preocupações e angústias. As vozes dos noticiaristas nos arrastam e nos centralizam em direção das estatísticas e detalhes dos “coroas”- vírus em todo mundo. Por detrás, polêmicas sanitárias, comerciais, políticas, não muito transparentes, que só o tempo poderá dissolver. (Sai da frente e de baixo, minha gente! Resguarde-se!)

Mudo de canais, Até as emissoras mais populares nos oferecem filmes policiais violentos que nos agridem, ao invés de nos entreter.

Viajo em tentativas de relaxamento: - como não me lembrar dos voos dos condores no céu azul e imaculado dos Andes chilenos e peruanos? E a beleza da paisagem das montanhas e lagos que se debruçam sobre nossos olhos viajantes? Aí não hesito em me afagar nos acordes suaves da música peruana El Condor de los Andes, de Daniel Robles, e já apadrinhadas em todo mundo por nomes famosos! A versão espanhola tem palavras que se casam perfeitamente com suas inspirações e motivações incas. Ouçam-na, mergulhem e se afoguem nela. Não resisto à tentação de repetí-la, em baixa voz. (Em 1993 foi declarada patrimônio cultural daquela nação).

Bem, nada de delongas: cada um tem a sua preferência musical, abrace-a! Em seguida, rememoro os quinze anos recebendo os fluidos e gestos benéficos da yoga na Academia Hermógenes. As boas amizades nascentes. Minhas caminhadas revitalizadoras pelas florestas do Rio, de São Paulo, Minas e Bahia, o prazer do contemplar constante das paisagens inesperadas: eis a natureza me oferecendo, gratuitamente, momentos terapêuticos!

Orações ajudam, qualquer que seja o seu credo. Faça delas seu aconhego espiritual permanente! Uma coisa de cada vez, irmãos! Para frente, sempre!

Bom e teimoso humor será sempre preciso! Lembrei-me do esforçado cabo que, no pátio arborizado do quartel em Deodoro, tentava ensinar o Hino Nacional aos novos recrutas pouco alfabetizados, e de um deles pareceu-me ouvir: “Ou “vírus” do Ipiranga às margens plácidas...”

Agradecer pelas boas pessoas que, sem pedir licença, entraram em sua vida, bem como festejar seus familiares e amigos que lhe trouxeram apoio e alegrias.

Salte para dentro de si, encontre seu momento de Getsâmini existencial, desabafe suas mágoas e tristezas nos ouvidos pacientes do seu Pai Eterno (tudo, tudo: provações, lágrimas de dor, seus pedidos de perdão e de força para continuar a suportar os tropeços da vida).

Regresso, então, aos meus dias do dia a dia,... alcanço, em cima da mesinha de cabeceira, um livro. Vou para a varanda de sétimo andar, e, depois de vários pássaros se retirarem, continuo a leitura do “Em busca de nossos antepassados cósmicos” (Maurice Chatelain). A minha experiência pessoal (Livro “ESCREVIVENDO”), as muitas leituras deste tema especial atraem minha imaginação e me levam a indagar: não seria o momento deles (?!) reaparecerem e retirarem dos seus cérebros mais inteligentes o caminho da superação do “coroa” vírus? Ou nós servimos somente para recarregar a energia das suas espaçonaves visitantes, ou para ser fonte de pesquisa dos nossos corpos? Com a palavra nossos sumidos sábios dos “contatos imediatos de terceiro grau”...

Agora, cai a branda chuva: receba-a como irmã do Sol, que certamente a sucederá...

Daí em diante, será sempre assim... realidade e mistério nos aguardando nas próximas esquinas do mundo...

Decidir é preciso!

Comentários podem ser enviados diretamente ao autor no email miltonxili@hotmail.com





Milton Ximenes é cronista, contista e poeta
RJ

Email: miltonxili@hotmail.com
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