16/08/2024
Ano 27
Semana 1.379

 


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Luis Alexandre Franco Gonçales


A Fortaleza de Santa Cruz está situada em Niterói no bairro de Jurujuba; elevação na entrada da Baía de Guanabara.

Em 1555, neste local, Villegagnon colocou umas peças de artilharia em uma fortificação improvisada.
Em 1557 os portugueses a ocuparam e ampliaram, dando-lhe o nome de Bateria de Nossa Senhora da Guia.
Em 1599 a fortaleza impediu a invasão de navios holandeses comandados por Oliver Van Noort.
Temendo as invasões holandesas no início do século XVII, recebeu 20 canhões e passou a ser chamada de Fortaleza de Santa Cruz.


A Fortaleza de Santa Cruz vista do Pão de Açúcar


Em 1710 impediu a entrada dos navios do corsário francês Jean François Du Clerc.
Em 1711 foi colocada uma corrente ligando a fortaleza de Santa Cruz à fortaleza de São João do outro lado da baía; mesmo assim, neste mesmo ano de 1711, por estar desguarnecida - embora com 44 peças de artilharia, não conseguiu impedir que outro corsário francês, Duguay Trouin, invadisse a cidade.
Entre 1730 e 1731 já possuía 135 canhões e em 1863 tomou o aspecto atual com 3 andares em cantaria e 2 ordens de casamatas.


Vista interna da fortaleza


A Fortaleza de Santa Cruz sempre foi prisão política. Entre outros estiveram prisioneiros: José Bonifácio de Andrade e Silva, o caudilho uruguaio André Artigas e Bento Gonçalves, herói da Guerra dos Farrapos.
Entre 1922 e 1930 o capitão Eduardo Gomes, Estlac Leal, Alcides Araújo e Juarez Távora, foram os únicos até hoje que conseguiram fugir da fortaleza.


Uma guarita


Na praça em frente à fortaleza estão instalados, desde 1942, dois canhões de 172 mm voltados para o mar.

Entrando na fortaleza vemos a Capela de Santa Bárbara, do século XVIII - existe uma história que diz que sempre que se tentava remover a imagem de Santa Bárbara, o mar ficava revolto impedindo sua remoção.


A Capela de Santa Bárbara

 Adiante chegamos à Cova da Onça, uma sala onde os prisioneiros eram torturados em uma roda de madeira com lâminas cortantes e seus restos jogados no mar através de um poço no lado oposto desta sala - o nome Cova da Onça vem do fato de dizerem aos outros prisioneiros que os gritos vinham de uma onça aprisionada no local.

A mais antiga bateria, 25 de Março, fica no nível mais baixo da fortaleza e nas suas proximidades ficava o local dos fuzilamentos onde ainda são vistas as marcas de balas. Há algumas celas com alturas diferentes, que variavam de acordo com a periculosidade ou comportamento do prisioneiro. Estas celas ficam de frente para o local onde existia uma forca e acima da forca existe uma cisterna de 1738, pois a água para a fortaleza vinha por navios.



Texto e fotos enviados por Luis Alexandre Franco Gonçales
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Irene Serra