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Luis Alexandre Franco
Gonçales
A Fortaleza de Santa Cruz está situada em Niterói no
bairro de Jurujuba; elevação na entrada da Baía de Guanabara.
Em 1555,
neste local, Villegagnon colocou umas peças de artilharia em uma fortificação
improvisada. Em 1557 os portugueses a ocuparam e ampliaram, dando-lhe o nome
de Bateria de Nossa Senhora da Guia. Em 1599 a fortaleza impediu a invasão de
navios holandeses comandados por Oliver Van Noort. Temendo as invasões
holandesas no início do século XVII, recebeu 20 canhões e passou a ser chamada
de Fortaleza de Santa Cruz.

A Fortaleza de Santa Cruz vista do Pão de Açúcar
Em 1710 impediu a entrada dos
navios do corsário francês Jean François Du Clerc. Em 1711 foi colocada uma
corrente ligando a fortaleza de Santa Cruz à fortaleza de São João do outro lado
da baía; mesmo assim, neste mesmo ano de 1711, por estar desguarnecida - embora
com 44 peças de artilharia, não conseguiu impedir que outro corsário francês,
Duguay Trouin, invadisse a cidade. Entre 1730 e 1731 já possuía 135 canhões e
em 1863 tomou o aspecto atual com 3 andares em cantaria e 2 ordens de casamatas.

Vista interna da fortaleza
A Fortaleza de Santa Cruz
sempre foi prisão política. Entre outros estiveram prisioneiros: José Bonifácio
de Andrade e Silva, o caudilho uruguaio André Artigas e Bento Gonçalves, herói
da Guerra dos Farrapos. Entre 1922 e 1930 o capitão Eduardo Gomes, Estlac
Leal, Alcides Araújo e Juarez Távora, foram os únicos até hoje que conseguiram
fugir da fortaleza.

Uma guarita
Na praça em frente à
fortaleza estão instalados, desde 1942, dois canhões de 172 mm voltados para o
mar.
Entrando na fortaleza vemos a Capela de Santa Bárbara, do século
XVIII - existe uma história que diz que sempre que se tentava remover a imagem
de Santa Bárbara, o mar ficava revolto impedindo sua remoção.

A Capela de Santa Bárbara
Adiante chegamos à Cova da Onça,
uma sala onde os prisioneiros eram torturados em uma roda de madeira com lâminas
cortantes e seus restos jogados no mar através de um poço no lado oposto desta
sala - o nome Cova da Onça vem do fato de dizerem aos outros prisioneiros que os
gritos vinham de uma onça aprisionada no local.
A mais antiga bateria, 25
de Março, fica no nível mais baixo da fortaleza e nas suas proximidades ficava o
local dos fuzilamentos onde ainda são vistas as marcas de balas. Há algumas
celas com alturas diferentes, que variavam de acordo com a periculosidade ou
comportamento do prisioneiro. Estas celas ficam de frente para o local onde
existia uma forca e acima da forca existe uma cisterna de 1738, pois a água para
a fortaleza vinha por navios.

Texto e fotos enviados por
Luis Alexandre Franco Gonçales Rio Antigo pesquisas
Direitos autorais reservados.

Direção e Editoria
Irene Serra
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