01/03/2022
Ano 25
Semana 1.262




A felicidade é um bem que se multiplica ao ser dividido.
(Marxwell Maltz)


 



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Deixando o filho crescer

 


Todos os anos os pais do Vítor levavam-no para a casa da avó, para passar as férias de verão, e voltavam no mesmo trem no dia seguinte.

Um dia, Vítor disse aos pais:

– Já estou crescido. Posso ir sozinho para casa da minha avó?

Depois de uma breve discussão, os pais aceitaram. Despedem-se do filho, dando-lhe algumas dicas pela janela, enquanto o menino dizia:

– Eu sei... eu sei, já me disseram isso mais de mil vezes.

O trem está prestes a partir e o Pai "murmura" ao seu ouvido:

– Filho, se te sentires mal ou inseguro, isto é para ti! – e colocou-lhe algo no bolso.

Agora Vítor está sozinho, sentado no trem como queria, sem os pais, pela primeira vez. Admira a paisagem pela janela. Ao seu redor, alguns desconhecidos se empurram, fazem muito barulho, entram e saem do vagão.

O supervisor faz alguns comentários sobre o fato do garoto estar sozinho. Uma pessoa olhou para ele com olhos de tristeza.

A cada minuto que passa, Vítor começa a sentir-se mal e com medo. Baixa a cabeça; sente-se encurralado e sozinho, com as lágrimas a escorrem pelos olhos.

Então lembra-se que o Pai lhe colocou algo no bolso. Ao encontrar o pedaço de papel, leu-o:

– Filho, estou no último vagão!

Assim é a vida:
Devemos deixar os nossos filhos voar, ir embora, confiar neles, mas sempre estaremos no último vagão, aguardando, caso tenham medo ou encontrem obstáculos que não saibam ultrapassar sem saber o que fazer. Temos que estar perto, enquanto ainda estivermos vivos. Um filho precisará sempre dos Pais!



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Direção e Editoria
Irene Serra