Ano 25
Semana 1.262

 

 



- Purim e o costume popular de beber vinho

- Purim, uma história quase inacreditável

- Purim: Plural singular 5763

 




 

Purim, a comemoração

 


Purim vem da palavra persa “pur”, que quer dizer “sorteio”, como consta na Meguilá: “Hamán fez sorteios para escolher o ‘melhor’ dia para exterminar os Judeus”. Este dia caiu em 14 de Adár. Os sinistros eventos daquele dia acabaram se invertendo, tornando-se um dos mais alegres dias do calendário Judaico e este é o dia em que celebramos Purim.

Em alguns poucos lugares, como Jerusalém, Hebron, a cidade velha de Tsefát e Tibérias, Purim é celebrado no dia seguinte. Nossos Sábios declararam que todas as cidades de Israel que tinham muralhas à época do acontecimento de Purim, devem celebrá-lo no dia seguinte. O motivo foi comemorar o dia a mais que o rei persa Ahashverósh garantiu à Ester, para permitir aos Judeus de Shushán (a capital da Pérsia, que, por coincidência, era uma cidade com muralha) acabar com seus inimigos. A festividade se chama Shushán Purim nestes locais.  

Houve duas formas, durante a História, com que se tentou destruir o Povo Judeu: física e/ou espiritualmente. Nossos inimigos usaram as duas. Chánuka é a celebração da vitória sobre aqueles que tentaram e falharam em nos assimilar culturalmente (os Gregos e a Cultura Ocidental). Purim é a celebração da vitória sobre aqueles que tentaram e falharam em nos destruir fisicamente (os Persas, por exemplo).

Por que usamos fantasias e máscaras em Purim?

Em lugar algum da Meguilá Ester o nome de D’us é mencionado. Se alguém assim o desejar, poderá enxergar a história de Purim como uma sequência de coincidências, totalmente desprovida de Influência Divina. Da mesma forma que nos escondemos atrás de máscaras e fantasias, mas nossa essência está lá, assim D’us tinha “escondido Sua face”, atrás das ‘forças’ da história, mas lá estava Ele dirigindo os acontecimentos.

Por que fazemos barulho toda vez que o nome de Hamán é mencionado durante a leitura da Meguilá?

Hamán pertencia ao povo de Amalêk, um povo que personifica o mal e que a Torá nos ordenou exterminá-lo. Ao ‘desfigurarmos’ o nome de Hamán durante a leitura, estamos, simbolicamente, aniquilando Amalêk e todo o mal que ele representa. A festividade é celebrada ouvindo a leitura da Meguilá quinta-feira à noite e sexta-feira de manhã.
Durante o dia cumprimos outras três mitsvót:
1) Matanót L’Evioním - dar dinheiro ou presentes a pelo menos duas pessoas pobres;
2) dar pelo menos dois alimentos prontos a no mínimo uma pessoa (chamado Mishlôach Manót, “o envio de porções”, que também pode ser feita através de um intermediário);
3) comer uma Seudá, uma refeição festiva, onde devemos beber vinho.

De certa maneira, Purim é “maior” que Yom Kipur. Em Yom Kipur nós jejuamos e é fácil para nossa alma ter domínio sobre o corpo. Purim, por outro lado, é o melhor exemplo da integração do físico e do espiritual e da conscientização do amor que D’us tem por nós. A única coisa que se interpõe entre o Todo-Poderoso e você - é você. O vinho e o espírito do dia nos ajudam a ultrapassar esta barreira. As mitsvót de Mishlôach Manót e de dar presentes aos pobres foram ordenadas para gerar um amor fraterno entre todos os Judeus. Quando há unidade e amor entre nós, mesmo os transgressores se tornam pessoas corretas e nossos inimigos não conseguem nos causar nenhum dano!

 

 Traduzido e enviado por Gerson Farberas, com permissão do autor.




Direção e Editoria
Irene Serra