Em sua coluna do dia 11 de junho no Rascunho, de Curitiba, o mais prestigiado jornal literário do país, o escritor Luiz Ruffato publica um texto que eu escrevi a pedido dele, falando de meu novo livro. Meu texto foi escrito para o subtítulo “Luz na escuridão”, que faz parte da coluna, onde Ruffato pede a escritores que falem de seus mais recentes projetos. Aproveitei a oportunidade para abordar meu livro “Cataguases Século XX/ antes & depois”, projeto aprovado pela Lei Aldir Blanc, que estava em vias de finalização à época. O livro já foi enviado à Editora Tipografia Musical, em São Paulo. Segundo informações de seu editor, já entrou em gráfica e deve ficar pronto até o final de agosto. Se primeiro lançamento deverá ser em Cataguases no dia 7 de setembro, quando a cidade fará 144 anos. Reproduzo a seguir o texto publicado na Coluna de Luiz Ruffato, ilustrado por uma de suas páginas gráficas:

“Luz na escuridão”
Ronaldo Werneck, poeta, cronista, ensaísta:

“Finalizo o livro “Cataguases Século XX / antes & depois”, panorama histórico-cultural, focado na cidade modernista — literatura, cinema, arquitetura — e abrindo também espaço para a cidade geográfica e seu sítio habitado, a historicidade: a cidade-cidadã, cotidiana, comunitária. Mas, afora seus monumentos modernos — de ferro e fita, de pedra e tinta — a cidade vive mesmo é no compasso de suas gentes. E não há como abordá-la sem que sejam conectados os fios onde a vida pulsa. Reencontro uma Cataguases de séculos pela voz de quem mais sabe. Quem mais habilitado para contar essa história que é sua própria história? Quem mais autorizado, quem mais autoridade que essa gente, essas gentes? Passaram todos por aqui, revelados e se revelando em sua essência de personagens-fundadores. Urbe e civita. Quem senão esses nomes cujas vidas se imbricam para formatar uma só vida, uma só vera/cidade?”