01/08/2023
Ano 26
Semana 1.328

 




Arquivo

Conversa

com o paciente



 

 


 

Classificações Funcionais


Dr. Pedro Franco


Acredito que as duas classificações apresentadas, e há até modificações em curso, definem bem as normas que regem este tipo de avaliação. E já na primeira consulta o médico pode ter ideia da gravidade do estado do paciente, enquadrando-o em algumas das classificações listadas.

New York Heart Association
I – Nenhuma limitação. A atividade física comum não causa fadiga, dispneia, ou palpitação.
Obs. Boneco correndo, para ter sintomas.
II – Discreta limitação da atividade física. Tais pacientes sentem-se confortáveis em repouso. A atividade física normal resulta em fadiga, palpitações, dispneia, ou angina.
Obs. Boneco subindo escada, para ter sintomas.
III – Limitação importante da atividade física. Ainda que os pacientes sintam-se confortáveis em repouso, podem surgir sintomas, mesmo com atividades mais leves que as habituais.
Obs. Boneco sentado, podendo ter sintomas.
IV – Impossibilidade de desempenhar qualquer atividade física sem desconforto. Os sintomas de IC estão presentes mesmo em repouso e o desconforto é ainda maior com qualquer atividade física.
Obs. Boneco deitado, tendo sintomas.

Associação Canadense de Cardiologia
I – Atividade física ordinária, como andar e subir escadas, não causa angina. Angina com extenuante, rápido, ou prolongado exercício, no trabalho ou recreação.
II – Discreta limitação à atividade ordinária. Andando, ou subindo escadas, rapidamente; subindo escadas, ou ladeiras, após alimentar-se, no frio, vento, ou sob “stress” emocional, ou durante poucas horas após despertar. Andar mais de dois quarteirões, no plano e subir mais de um andar em passo normal e em condições normais.
III – Limitação marcada da atividade física ordinária. Andando um ou dois quarteirões no plano e subindo mais que um andar em condições normais.
IV – Impossibilidade para fazer qualquer atividade física sem desconforto. A síndrome angina pode estar presente em repouso.

Vale assinalar que conforme a enfermidade e as medidas médicas escolhidas, podemos encontrar pacientes que iniciam o tratamento no grupo IV da NYHA e temos a alegria de vermos que vive agora no Grupo I, após ter seguido um tratamento de forma criteriosa.
A classificação da Associação Canadense de Cardiologia fica restrita apenas a angina de peito, sendo que a da NYHA abrange outros sintomas. 


Pedro Franco é médico cardiologista
RJ
pdaf35@gmail.com

 

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Direção e Editoria
Irene Serra