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Hipertensão arterial
Pedro Franco
Antes de abordarmos o importante assunto, que é a hipertensão arterial,
julgamos útil citar alguns dados estatísticos muito marcantes, relacionados a
uma das principais preocupações de saúde publica em todo o mundo:
1) 13 a
25%, conforme a fonte, das populações sofre de hipertensão arterial;
2) A
"Metropolitan Life Assurance" acompanhou dois grupos de pacientes, com 35 anos,
com pressão arterial de 150:100 mm Hg e pressões normais e com a mesma idade: os
do primeiro grupo viveram, em média, menos 16,5 anos.
Acho que não
precisamos cansá-los com dados estatísticos, que provam ser a hipertensão
arterial merecedora de toda a nossa atenção e cuidado, mas não de medo, pois
tanto sob o aspecto de causa (etiologia) quanto de medicação (terapêutica) os
progressos são notáveis e milhões de pacientes se beneficiam todos os dias, quer
se curando de sua enfermidade, quer controlando o nível da pressão arterial.
Vale reproduzir uma frase de um dos mais estudiosos pesquisadores americanos no
campo da enfermidade arterial hipertensiva, Irving H. Page: "Na enfermidade
hipertensiva preocupar-se apenas com a elevação da pressão arterial,
constituiria um erro quase infantil". Queria o pesquisador dizer que ao lado do
emprego de remédios e dietas para se diminuir a pressão arterial, o paciente
deve merecer uma pesquisa médica meticulosa, com a finalidade de tentar se
descobrir a causa da hipertensão, já que, em algumas eventualidades, se
descobertas, o paciente pode ser curado e definitivamente até.
Para
enfatizar um dado importante, em tão complexa enfermidade, vale destacar que
será absolutamente imprescindível que o binômio médico-doente se entrose de
forma total e harmônica, com paciência e explicações pormenorizadas por parte do
médico, contando com integral compreensão e confiança do enfermo.
Pelo
exposto, constatamos que a doença arterial hipertensiva continua sendo um dos
problemas mais graves de Saúde Pública em todo o mundo, devido à morbidade e
mortalidade que condiciona, fazendo com que, nos centros mais adiantados, tenham
sido criadas entidades específicas, com vultosos recursos, encarregadas do
estudo da hipertensão arterial. Mesmo quando o médico não pode se prevalecer dos
mais modernos avanços da tecnologia, para aclarar a etiopatogenia da doença
arterial hipertensiva, deve usar toda sua arte-ciência médica, para prover, do
modo mais completo possível, a pesquisa e o tratamento, valorizando igualmente
os dois importantes ângulos da enfermidade. Quando, pelo menos de um ponto de
vista doutrinário, não focaliza bidirecionalmente a doença arterial
hipertensiva, valorizando tratamento sintomático e pesquisa etiológica, não está
proporcionando ao enfermo todas as chances que merece." Podemos destacar a
importância que o seu médico-assistente tem na profilaxia e no controle, ou
cura, desta importante enfermidade, que é a hipertensão arterial.
Pedro Franco é médico cardiologista
RJ pdaf35@gmail.com
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Direção e Editoria
Irene Serra
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