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O nome de Deus

Do hebraico antigo, o nome de Deus era escrito com quatro letras: YHWH — Yod,
He, Wav, He. Um tetagrama sagrado demais para ser pronunciado em voz alta, envolto em
reverência e mistério. Mas o que poucos sabem é que esse nome, originariamente, não era propriamente falado. A ideia
é o som da respiração:
as duas sílabas do nome correspondem à inspiração e à expiração de uma única
respiração. Dessa forma, diz a teoria, nossas respirações evocam o nome de Deus.
Uma inalação com voz natural, leve inspiração, soa como "Yah"; e uma exalação
com voz, como sopros abertos, soa como "Weh". Portanto, a cada respiração que
fazemos, estamos falando o nome de Deus. Quando Jesus soprou sobre Seus
discípulos, transmitindo paz, perdão e o Espírito Santo de uma só vez, Ele
estava, de fato, falando o nome de Deus (João 20:21-23). Ele soprou em nós o
fôlego da vida (Gênesis 2:7), e ainda mantemos esse fôlego. Em nossos momentos
mais tranquilos, na facilidade e constância da respiração, somos lembrados da
vida e da presença de Deus.
Concordando com a opinião de que, quando
ditas juntas, essas letras reproduzem o som natural da respiração humana: uma
inspiração (para dentro), uma expiração (para fora), a cada respiração, dizemos
o nome de Yahweh, temos constantemente o nome de Deus em nossos lábios.
Consciente ou inconscientemente, falar o nome de Deus é a única coisa que
fazemos a cada minuto de nossas vidas. "Na sua mão está a vida de todos os seres
vivos e o espírito de todo o gênero humano" (Jó 12:10). "Nele vivemos, nos
movemos e existimos" (Atos 17:28).
Um ciclo divino que se repete, sem
que precisemos pensar. Apenas vivemos por ele. Quando o ato natural de respirar
é visto sob essa perspectiva, o nome de Deus está em toda parte. Os ateus e
agnósticos O reconhecem constantemente. O primeiro choro de um bebê é um chamado
a Deus. Os suspiros de um sofredor são apelos sem palavras ao Deus que ouve. E
quando deixamos de falar o nome de Deus, morremos.
Embora seja um
pensamento interessante, a ideia de que cada respiração forma o nome Yahweh não
é encontrada na Bíblia. Essa teoria é de domínio do misticismo judaico.
Entretanto, é verdade que a vida é uma dádiva de Deus. Cada momento que vivemos
deve ser dedicado à glória de Deus, e devemos reconhecer constantemente nossa
dependência dEle. Yahweh merece ser louvado em cada respiração nossa.

Direção e Editoria
Irene Serra
irene@revistariototal.com.br

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