01/09/2023
Ano 26
Semana 1.332




ARQUIVO


 



História

Cultura

Tradição

 



Rosh Hashana

O ano novo judaico





Jeanette B. Erlich


Refletir, examinar a consciência, avaliar atos, consertar erros para consigo e para com os outros, podendo assim pedir perdão, ser perdoado e perdoar, assumir responsabilidades, individualmente e coletivamente, mas também possibilitando ao próximo a assumir as responsabilidades que lhe cabem.

Renovar a fé em Deus, a confiança. Prostrar-nos diante de Deus no reconhecimento de Sua grandeza e nossas limitações. Pedir-Lhe perdão e afirmar a intenção de nos aperfeiçoar.

Mais uma vez lembrar a maravilha inominável da Criação. Reconhecer o Criador na Sua magnitude, na confiança infinita que Nele depositamos, na Sua Unicidade, na certeza de Sua intenção.

Renovar a nossa vontade de consertar o mundo, de instituir a justiça para tudo e todos, de tratar com respeito o espaço vital que nos foi concedido.

Para tudo aquilo, enfim, de que diariamente os nossos pensamentos deveriam estar imbuídos, temos todo um mês (o mês de Elul), em que somos convocados especialmente, para que nos Dias Temíveis - Rosh Hashanah (Início do Ano) devidamente preparados espiritualmente e em Yon Kipur (Dia da Expiação), concentrados em total jejum, possamos, diante de Deus, nos submeter ao Seu julgamento, na esperança de Sua benevolência e na total confiança quanto aos Seus desígnios.

Desde os tempos bíblicos, onde é instituída essa ocasião do Ano Novo espiritual (Lev. 23:23-32) até nos dias de hoje, em rituais antigos e renovados, sempre desenvolvendo a compreensão de nosso papel no mundo, reunimo-nos em congregação, nessa ocasião das mais solenes, conclamados pelo toque do shofar (o chifre de carneiro), que nos chama ao serviço religioso e à profunda reflexão.


Enviado por Leon M. Mayer
Publicado na Revista Rio Total em 8 de outubro, 2005.





________________________

Direção e Editoria
Irene Serra