01/02/2021
Ano 24- Número 1.208


 

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PEDRO FRANCO

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Generalidades legais e até o politicamente correto

Pedro Franco - CooJornal

Todas as famílias são iguais, só trocam os endereços. Olhe, conheço famílias ótimas, normais e até péssimas. E, queiram ou não, todos sofrem influências das pessoas que compõem a família. E apressados podem dizer que filhos de famílias ruins, são pessoas ruins. Negativo, filhos de famílias ruins, com sentido de crítica e se sofreram, têm em mente construir famílias felizes, para que filhos não passem pelo que passaram. E filhos de famílias ótimas podem ser nocivos, por tendências pessoais, ou porque julgaram que aquele tipo de família era o melhor e desejável e deixaram só sins para os filhos. Há um mundo de variantes, idem influências, o meio condiciona, só que muitos, para o bem, ou para o mal, tomam caminhos antagônicos aos protagonizados pela própria família, para serem afetivos, ou agressivos. Então a educação familiar vale, ora se vale, mas o âmago pessoal ainda bem que importa muito. Então tudo fica na mão da família e do próprio? Não, o Governo do País também pode ajudar na evolução pessoal e familiar. Acredito que o Estado quis acertar, quando tentou não obrigar pais a colocarem filhos na escola. Não sei se esta lei passou, ou não. Se passou, por melhor que sejam suas intenções, foi tiro no pé, face à incultura da maioria da população. A lei, no caso, pensando na burguesia e não pensem que sou contra a burguesia, os pais tirariam seus filhos da escola com argumentos, que julgo duvidosos, só que com as melhores intenções e mestres de cultura providenciariam a preparação cultural daqueles jovens, cujos pais, abastados, não mais serão obrigados a colocar filhos em escolas. E a socialização, que o convívio escolar permite? E a tal lei, feita talvez para países escandinavos, propunha que pais ensinassem os filhos em casa. Parece piada, até porque o contingente de pais analfabetos, ou quase, é enorme e assim não pode ensinar os filhos? Tira o filho da escola e põe para trabalhar no campo, que a vida está difícil. E a lei previa aferições pontuais dos alunos, alunos que moram do Oiapoque ao Chuí, que moram em buracos, onde alguém perdeu as botas e haverá fiscais nestes ermos. Um verdadeiro febeapa (festival de besteira que assola o País) de Sérgio Porto. Será que a lei passou? Se foi barrada, alguém tentará validá-la, quando julgar oportuna. Será que está sendo cumprida ao pé da letra e que a máquina governamental, já inchada, vai ter fiscais para estudar o caso de cada criança moradora nos cafundós? E este tipo de educação em determinado país já deu certo e vem tese de mestrado que foi aprovada com louvor. Tudo coisa de gabinete, utópica e sem olhar a situação Brasil. Então toda a lei educacional é igual, quimérica e não adaptável ao estágio Brasil? Há leis ótimas e há leis que foram pensadas apenas em função da próxima eleição e no seu valor para ganhar o voto da patuléia. Será que patuléia pode, ou contraria os ditames do politicamente correto, que nada mais é que censura. Então está legal, todas as famílias são iguais, só se mudam os endereços. Tudo como dantes neste sofrido quartel de Abrantes.  


Comentários sobre os textos podem ser enviados ao autor, no email pdaf35@gmail.com 



Pedro Franco é médico cardiologista, Professor Consultor da Clínica Médica C da Escola de Medicina e Cirurgia da UNI-RIO.
Remido da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Professor Emérito da UNI-RIO. Emérito da ABRAMES e da SOBRAMES-RJ.
contista, cronista, autor teatral
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