16/01/2020
Ano 23- Número 1.157

 

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PEDRO FRANCO

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MÚSICAS COM ALGO

Pedro Franco - CooJornal

E o algo varia e vou contando.
Pauapixuna – Paulo André/Rui Barata, cantada pela iniciante Fafá de Belém. Cantava muito bem e dava ar novo à MPB. No CD de 1977. Pai e filho compondo. No mesmo CD, da mesma dupla, música dor de cotovelo, ótima. “Foi assim”.
Meiga presença. Tenho crônica sobre a mesma, vide Revista Eletrônica Rio Total. Elizeth canta divinamente. Autores, Otavio de Moraes, filho de Eneida de Moraes, jogador do Botafogo e que vivia com Elizeth Cardoso. O outro autor era o médico e filho da cantora, Paulo Valdez. Sua última interpretação com Rafael Rabello no violão foi de arrepiar. Todos choraram. Era despedida, ainda que involuntária.
Mundo Deserto. Erasmo e Roberto Carlos. Elis dá show. Esta música é muito mais Erasmo Carlos.
Hello goodbye, Lennon e McCartney dos Beatles, só que é mesmo do Macca. Fizeram disco de homenagem aos Beatles e vários cantores internacionais entraram. Sem patriotadas tolas, a melhor interpretação se deve a Milton Nascimento em Hello Goodgye. E em show no Brasil o autor se emocionou, quando o povo cantou sua música.
Domingas. Um Jorge Ben diferente e ótimo. Benjor romântico. Vide também a letra do “Alquimista”, que não querem conhecimento com pessoas de temperamento sórdido. Será que alquimistas gostam de política?
Catavento e girassol. Aldir Blanc e Guinga. Leila Pinheiro canta. Música pouco conhecida e menos tocada. Talvez a censura do politicamente correto tenha reclamado de dois termos da música. Já na música O coco do coco, aceito reclamação, só que duvido que até o censor não tenha sorrido.
A deusa da minha rua. Música e letra brilhantes de autor soberbo. J. Faraj. O autor tem também aquela que diz “louco de amor no teu rastro, vagalume atrás de um astro”. E o autor tem muito mais. Quantos cantores a cantaram e bem.
Aeromoça. Dick Farney (tinha que ter nome artístico, que na certidão era Farnézio Dutra), dos melhores cantores do País e em todos os tempos. Dick se apaixonou por aeromoça e pediu ao ótimo compositor Billy Blanco que fizesse música em homenagem à bela. E ele cantava, exaltava-a e terminava “com esta flor a bordo eu concordo então é bobagem medo de avião.”
Frevo mulher. Conheci Zé Ramalho por Avohai, gostei e depois me fixei em Admirável gado novo e por fim cheguei a Frevo mulher. Cantada por Amelinha, ou pelo autor, dá prazer ouvir. É viagem, só que de luxo.
Vou brigar com ela. Autoria Lupicínio Rodrigues. Em CD sobre sua obra, encontrei este tango e muito bem cantado por Cauby Peixoto. Acima falei em Dick, agora Cauby, com João Gilberto, Orlando Silva dos primórdios, Roberto Carlos e Milton Nascimento formam o meu time de respeito da MPB. E damas? Falei de Elizeth, cito Elis Regina e Gal Costa. Só três? A lista das boas cantoras e dos bons cantores é enorme e fui em preferências, sujeitas a críticas.
Duetos. Chico e Nara Leão. Como falar em música e não colocar uma do poeta com o Prêmio Camões e muito bem dado. A letra e a beleza e alegria do canto, dela e dele, sempre me encantaram. Em caminhadas Chico canta com neta. Falo do poeta e não de suas ideias políticas.
E não falei em “Estate” com João Gilberto! Como a MPB, ou seus intérpretes, tem exemplos admiráveis!



Comentários sobre os textos podem ser enviados ao autor, no email pdaf35@gmail.com 



Pedro Franco é médico cardiologista, Professor Consultor da Clínica Médica C da Escola de Medicina e Cirurgia da UNI-RIO.
Remido da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Professor Emérito da UNI-RIO. Emérito da ABRAMES e da SOBRAMES-RJ.
contista, cronista, autor teatral
Conheça um pouco mais de Pedro Franco.



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