1º/10/2016
Ano 20 - Número 1.000


 

ARQUIVO
PEDRO FRANCO

Venha nos
visitar no Facebook


 


 

 




Irreflexões

Pedro Franco - CooJornal

Gratidões recentes trazem mais benesses que as antigas.
Se educar jovens é tarefa dificílima, educar idosos é quase impossível.
Hoje eu vivo, amanhã não garanto e neste engano há riso, há pranto.
As verdades, que o próprio atinge, são mais verdades que aquelas que lhe imputam. Exemplo, alguém chega à conclusão que é preconceituoso. Tenta mudar. Se outro, mesmo amigo, faz a constatação, pode ser até interpretada como ofensa, ou no mínimo grande equívoco.
Os de esquerda (ainda há esta tola divisão?) costumam dizer que o são. Os de direita dizem que são do centro. Julgo que estou no grupo do centro.
Tente encher uma xicrinha com água em jato forte. Não se consegue. Já com jato menor, chegasse ao destino, encher a xicrinha. O mesmo acontece com grandes ideias a serem passadas ao povão e de qualquer país. As ideias progressistas devem ser passadas aos poucos. E a patuleia gosta mesmo é de uma boa demagogia e principalmente se vier em mensagem com fala popular e cheia de erros gramaticais.
Eleições. Nem só a votação desqualificada acontece no Brasil. Vide a votação na Inglaterra em relação ao Mercado Comum Europeu e o esperado e temido número de votos em Trump na América. E sempre vale lembrar, quando se recrimina votações, a ideia de Winston Churchill sobre a Democracia. “Ninguém pretende que a Democracia seja perfeita, ou sem defeito. Tem-se dito que a Democracia é a pior forma de governo, salvo todas as demais formas que têm sido experimentadas de tempos em tempos”.
Como Vinicius teve coragem ao pedir desculpas às menos belas, afirmando que beleza é essencial! A sorte é que de fato não há um belezômetro e as aferições são absolutamente pessoais.
A velhice costuma por lente de aumento nos defeitos. Pena que não aja assim com as virtudes.
Quem reclama das igrejinhas literárias, geralmente o faz porque queria estar em uma e que fosse de peso. Não estou em nenhuma.
Cozinhas costumam ter faca de mesa com ponta estragada, porque algum esperto (a) tentou fazê-la de chave de parafuso.
Incrível, Scott Fitzgerald vivia em Paris com sua Zelda, gastando à tripa forra, não pela vendagem de seus valiosos romances, cite-se para exemplos “O Grande Gatsby” e “Suave é a noite”. O primeiro, Gatsby, perdeu o primeiro lugar em determinada eleição para o melhor livro escrito em língua inglesa para “Ulysses” de James Joyce, que poucos leram. Os dólares para Scott vinham da venda de seus contos para revistas literárias em língua inglesa. Conhece no Brasil, em qualquer tempo, contista que vendeu contos? Que revista de grande tiragem publica contos em português? Eça de Queiroz generalizava. Escrever em Português é escrever em um túmulo. (tentei em vão esclarecer se a frase é, ou não, do Mestre e não consegui. Será que a memória me pregou peça?) Vale ler do escritor americano o conto “O estranho caso de Benjamin Button”. Pena que quem o trouxe ao cinema, não tenha entendido as nuances do bem tramado enredo. De bom no filme a interpretação de Brad Pitt e os defeitos especiais.
Ela é tão linda! Não a conheço. Pensando nela durmo, com sua imagem amanheço.
Permitam a única aldravia que fiz: Eu/um/você/um/nós/um. Já mandei a vários concursos do gênero e em vão.


_______________________________

Comentários sobre o texto podem ser enviados ao autor, no email pdaf35@gmail.com  

(1º de outubro, 2016)
CooJornal nº 1.000


Pedro Franco é médico cardiologista, Professor Consultor da Clínica Médica C da Escola de Medicina e Cirurgia da UNI-RIO.
Remido da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Professor Emérito da UNI-RIO. Emérito da ABRAMES e da SOBRAMES-RJ.
contista, cronista, autor teatral
Conheça um pouco mais de Pedro Franco



Direitos reservados. É proibida a reprodução deste artigo em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização do autor.