01/11/2015
Ano 19 - Número 958


 

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PEDRO FRANCO

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O velho e violento esporte bretão
(fala Luiz Mendes, o da palavra fácil)

Pedro Franco - CooJornal


E o folclore diz que o jogo foi inventado na China.

Nos meus tempos de Maracanã, de radinho de pilha em punho, quem era mais fidedigno, ao que acontecia no campo, narrando, chamava-se Orlando Batista da Rádio Tamoio.

Não entendo porque, mesmo sendo tricolor (muitos times têm três cores, só Fluminense é tricolor – se não gostar da frase, reclame com Mestre Nelson Rodrigues), não entendo, repito, porque algum narrador não avisa o acontecimento gol, soprando a gaitinha do Ary (Ary Barroso). Seria merecida homenagem e ao mesmo tempo marcante.

Nunca vi contratações mais estapafúrdias que as do Flu em 2015. Magno Alves e Ronaldinho Gaúcho. De pasmar! E viva Xerém e seus garotos! Hoje, 29/09, retifico a crônica, RG 10 foi bater asa em outra balada, ou em outro clube otário. O pior disto tudo é que jogou futebol como poucos.

Quais os três jogadores brasileiros que mais me impressionaram? Sem ordem de valor, Pelé, Garrincha e Tostão. Nenhum deles do Flu. E no Fluminense? Castilho, Orlando Pingo de Ouro e Telê Santana. E o Rivelino? É Corinthians e ingrato com o Flu.

O árbitro tem que marcar a intensão do jogador. Mão na bola, ou bola na mão? Entrou na bola, ou na canela do adversário? Conta outras, resolver em segundos uma intenção. Na vida real, como custamos a saber a intenção de alguém que convive conosco e diariamente. Em segundos julgar intensões em partida que vale milhões? E nem com câmeras oficiais esquadriando o campo verde que o quero verde e que já deviam estar operando, ficaremos sem dúvidas em alguns lances. Agora não levar o exemplo do vôlei ao futebol, em relação à tecnologia, é burrice.

Quem deu literatura ao esporte? Entre outros, Mário Filho, Armando Nogueira, João Saldanha, Nelson Rodrigues, que nada entendia de futebol. Nenhum cronista do Fla? José Lins do Rego é muito antigo. Apesar de suas raposas felpudas e o Bagá, um ciclope meio chato, Renato M. Prado, quando não opera nas entrelinhas para favorecer o Fla. E comentando futebol no agora? A dupla da CBN, Álvaro Oliveira Filho e Carlos Eduardo Eboli. Se o Prof. Evaldo José, que bem narra, tirasse o que lindo a cada gol que ocorre, seria citado. O Flu toma um gol, estou uma fera e o cara grita que lindo, que lindo?

Que tal os cartolas do futebol? Tocando a mesma música que a maioria de deputados e senadores. E as eleições de federações são mais fajutas ainda.

E os 7 a 1 contra a Alemanha? Derrota esperada, só o placar foi extremado. Pior que o Brasil e Uruguai. Muito pior. 7 a 1, história de derrota anunciada. E agora? Sem luz no fim do túnel, que Neymar não joga por onze. Falta de critérios de cima para baixo. E tem até cartola com medo de sair do País e ser preso. Parece até aquele político da pauliceia!

Feche com boa notícia. O vôlei brasileiro vai muito bem e tomara que a próxima geração seja boa. Falem Zé Roberto e Bernadinho, este às vezes hilário, melhores técnicos do vôlei mundial, indiscutivelmente. E vão ocorrer Olimpíadas no Rio. O Brasil sabe? Era hora de bancarmos uma? A pergunta não mais cabe.


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Comentários sobre o texto podem ser enviados ao autor, no email pdaf35@gmail.com


(1º de novembro, 2015)
CooJornal nº 958


Pedro Franco é médico cardiologista,
contista, cronista, autor teatral
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