Lançado em
dezembro de 2020, Moças de Pousadas é o 11º livro de contos do escritor Dr.
Pedro Franco, por quem, com muita honra, fui prefaciado no meu livro de
contos Escrevivendo já editado e não lançado por causa da superveniência da
contagiosa “coroa” vírus, que não permite, no momento, muitos convívios e
festas.
Mas Moças de Pousadas foi lançado, em princípio...
“postalmente”, pelos mesmos motivos, mas é de se notar, ainda, que o
contista Pedro Franco, no silêncio das “quarentenas”, não se esqueceu de
agilizar... sua criativa “pena”!. Com rima ou sem rima, sorte nossa,
costumeiros leitores.
Permanece, nesta obra, a facilidade do Escritor
em oferecer suas histórias de um mundo adulto repleto de emoções e
sentimentos, que talvez ele tenha até testemunhado ou mesmo deduzido de
observações/conclusões do seu viver, fortemente incentivadas por passagens
das suas vidas pessoal, familiar e profissional.
Vem daí, e isto já
expliquei a ele, a minha chamada “boa inveja” na criação dos seus (muitos)
textos, ele passeando tranquilamente pelos mais variados procedimentos
humanos, próximos ou distantes. Neste livro considero "A levantadora", "A
importância do apito da barca", "Dois na Ilha dos amores" mais próximos da sua
vivência pessoal. Embora campeão municipal pelo basquete, ele nos dá boas
dicas na área do... vôlei! O técnico Bernardinho que se acautele! A ilha de
Paquetá é também cenário real das suas curtições marítimas. Talvez, penso,
ele tenha cruzado, sem o saber, com o menino ou rapaz Domício Proença,
futuro Acadêmico da ABL, então morador de lá.
A forma de escrever e
as histórias a escrever estão certamente ligadas às fases da nossa vida.
Assim, os enredos ficam, muitas vezes, presos às lembranças familiares e da
vida adolescente. Pelo menos comigo, e o amigo Pedro já me observou o
caráter “memorialístico” da maioria dos meus escritos. Não podia fugir a
isto, dos acontecimentos quase traumáticos da minha infância, vividos
mormente na pacata atmosfera de uma cidade interiorana (Cachoeiro-ES). Daí,
a construção do meu conto seguir um modelo “escolar” de histórias da
infância, mas sem deixar também de abordar situações mais tarde vivenciadas.
As histórias do amigo Pedro vão diretamente deslizando sobre paisagens
contemporâneas, vozes mais adultas, muitas delas, como já observei,
possivelmente vivenciadas pelo Autor. E o faz com muita facilidade e
felicidade, pois a nossa curiosidade de leitor é atraída permanentemente por
sua narrativa desde o primeiro dos 26 textos. Só nos resta, mais uma vez,
parabenizá-lo por suas arte e perspicácia literárias ...
Conta ele
sempre com o incentivo permanente da esposa, Maria Helena, por sinal a
responsável pela capa que protege as páginas desta edição, e que relembra os
desenhos já projetados por ela na capa de Casarão e outras crônicas (2008).
Parabéns duplos para os dois, pois ficamos sabendo, também, que estão
festejando seus... “63 anos de... bem casados”! (pág. 05)
Sugestão
final: já que o Pedro nos revelou sua admiração pelo local, podemos, dentro
de um dia turístico petropolitano, dar uma parada, e conhecer a Pousada
Altenhaus, em Itatiaia. Se precisado, curti-la, e servir-se, depois, dos
livros da “Biblioteca Pedro Franco”, homenagem dos proprietários às fiéis 14
estadias de férias do casal naquela hospedaria.
Comentários podem ser enviados diretamente ao autor no email
miltonxili@hotmail.com
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