01/03/2021
Ano 24 - Número 1.212



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MILTON XIMENES

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Milton Ximenes Lima

 

 

CAÇA-PALAVRAS (II)

Milton Ximenes Lima - Colunista, CooJornal

Não dá mais a gente se restringir simples e exclusivamente à colheita das palavras na forma iniciada na coluna anterior. Elas se mesclam, agora, a uma diarreia verbal que as estica para frases oportunas ao momento indeciso por que navegamos. Desta maneira, exemplifico: “Pensamentos dinossáuricos; ...mostram como o Brasil é um país de moleques; é deserto de ideias e pensamentos; ...o que importa hoje é brigar e arrumar desafetos. Amor é para os fracos; empatia, coisa do passado...(Leo Aversa); Quem se destaca na cizânia das redes é o lacrador, o flanelinha do ódio. Ele pega as causas mais nobres e as estaciona nas vagas da militância raivosa e dos discursos binários; jaca não vira cereja; Sábios dos palácios e libélulas da plutocracia; o presidente não é presidente, é um atentado ao pudor (J.Ed Aqualusa). Sobre o tempo de abstinência na quarentena: “Se o sexo é indispensável, quando falta, faz falta, ele nos confere enorme prazer” (Robert Lent, neurologista); "O que seria da música sem os silêncios que conectam os sinos? Não seria música, seriam apenas sinos." (Dorrit Harezim). Bonito, não? ; ...incapazes de amarrar os sapatos sem ajuda; iguarias imobiliárias; “É melhor o livro sair da estante e não mais voltar, do que ficar sempre lá”. (Uma profissional de biblioteconomia); O “corona” nos esfrega na cara nossa humanidade; Toda vez que o ... usa o diminutivo, algo de ruim pode acontecer e ao mencionar a neurastemia do ectoplasma, ele pode estar indicando uma nova forma de demagogia; extensa prática no esporte de captura dos fragmentos lucrativos da máquina estatal; No Brasil o liberalismo não passa de uma ideia fora do lugar (Robert Schwartz); Quando estamos todos nus, só os rostos importam (Mary Montagu – após conhecer e utilizar a casa de banho de um harém oriental); Se você virar jacaré, o problema é seu! (capetão)...); Há duas maneiras de espalhar a luz: ser vela ou o espelho que a reflete (Edith Warton); porém ele continuava lá no fundo do palco, encenando truques vulgares à luz pálida de um holofote sem filtro (Demétrio Magnoli); na captura perversa e uso espúrio das próprias qualidades; a sedução, pela maldade, mentira e destrutividade - travestida de semblante messiânico (Paulo Sternick); engendrou também simulacros perversos de salvadores heroicos; vê seu lado patológico enrijecido e prolífero como ervas daninhas, sufocando alternativas de sanidade; tonitruante apologia; pornógrafo infantil; ...mas desde há muito se oferece como montaria, e sem relinchar...

E finalmente repito esta frase porque importantíssima para meditarmos e agirmos: “Até que ponto podemos ser intolerantes com a intolerância?”
 

Comentários podem ser enviados diretamente ao autor no email miltonxili@hotmail.com





Milton Ximenes é cronista, contista e poeta
RJ

Email: miltonxili@hotmail.com
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